A Câmara de Vereadores da cidade de Juazeiro do Norte aprovou, em sessão extraordinária, nessa segunda-feira, 09 de janeiro, o veto do poder executivo à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023. A matéria foi enviada pelo prefeito Glêdson Bezerra (PODE), para que seja modificada a emenda que destina recursos do gabinete municipal a três secretarias do município – Saúde, Esporte e Desenvolvimento Social e Trabalho.
Em reunião com a presidenta da Câmara, vereadora Yanny Brena (PL), no último dia 04 de janeiro, Glêdson argumentou que a prefeitura não dispunha de recursos vigentes para aplicar em serviços considerados essenciais, e que a emenda fugia do limite de gastos já definidos em lei. Por isso, a comandante da Casa convocou a sessão extraordinária para apreciação do veto, que, ao final, recebeu 12 votos favoráveis e apenas 5 votos contrários.
A presidenta Yanny Brena avalia que o bom-sucedimento da votação representa que os vereadores se comprometem em discutir e votar matérias de interesse público: “a maioria dos vereadores estiveram presentes, e votamos a favor do desbloqueio da lei orçamentária para Juazeiro não parar”, afirmou.
O vereador de oposição, Capitão Vieira Neto (PTB) foi contra a apreciação do veto. O parlamentar opina que a emenda que destinava recursos do gabinete do prefeito para as secretarias colocava termo a possíveis privilégios. “Não tem política pública, não tem abastecimento de viaturas, não tem abastecimento de ambulâncias, não tem cesta básica. O veto anterior diminuía (o orçamento do gabinete) de R$ 7,8 milhões para algo em torno de R$ 4 milhões. O prefeito vetou (o antigo projeto orçamentário) porque ele quer controlar o dinheiro, para usar como quiser”.
O vereador Rafael Cearense (PODE) considerou que a nova mesa diretora demonstra interesse em pautar as matérias, e manifestou confiança em futuras parcerias conjuntas dos poderes: “a nova direção demonstra que quer conversar com o Executivo, e é necessário que haja essa conversa. Temos projetos importantes que precisam sair do papel, e é necessário que esse diálogo seja estabelecido”, destaca Rafael.
Leonardo Henrique
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