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A Universidade Federal do Cariri — UFCA, divulgou nesta terça-feira, 22 de fevereiro, que exigirá o comprovante de vacinação contra a Covid-19 para ter acesso às atividades presenciais. As normas estabelecidas são válidas para docentes, alunos, técnicos administrativos e funcionários terceirizados.
A decisão foi aprovada em reunião com representantes do Grupo Técnico de Trabalho — GTT, a Vice-Reitora em exercício Laura Hévila, o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades do Ceará — Sintufce, o Comitê Interno de Enfrentamento à Covid-19 – Cieco-19/ UFCA, além dos estudantes dos cursos e representante da comunidade da acadêmica — Consuni.
A comprovação poderá ser feita pelo cartão físico de vacina expedido pelo SUS, pelo certificado digital disponível no Conect Sus e também pelo aplicativo Ceará App. É necessário ter pelo menos duas doses da vacina ou dose única registradas contra a Covid-19. Para aqueles que não conseguiram se vacinar, é necessário apresentar justificativa médica ou técnica, além de apresentar o teste negativo para a doença a cada 24 horas.
Esta decisão contrária à normativa do MEC que afirma no Diário Oficial que: “Não é possível às Instituições Federais de Ensino o estabelecimento de exigência de vacinação contra a Covid-19 como condicionante ao retorno das atividades educacionais presenciais, competindo-lhes a implementação dos protocolos sanitários e a observância das diretrizes estabelecidas pela Resolução CNE/CP n.º 2, de 5 de agosto de 2021″.
Carlos Guerra, professor do curso de Jornalismo da UFCA, defende a exigência do comprovante de vacinação pela Instituição: “É bastante acertada a atitude da Universidade Federal do Cariri de obrigar o passaporte de vacinação, porque a universidade deve ser um campo de conscientização dos nossos direitos e deveres, para se pensar no bem comum. A universidade é também o espaço de fomento à ciência e é por meio da ciência que chegamos à vacinação. A atitude de não se vacinar é um desdobramento do negacionismo, por isso, é também um ataque à ciência e ao conhecimento produzido nas universidades. Assim, a universidade dá o exemplo de proteger a vida e proteger também a ciência. Como docentes, também devemos ter o papel contínuo de conscientizar a comunidade acadêmica sobre as demais práticas de prevenção, para realizar um retorno seguro às aulas presenciais, tais como: o uso correto de máscaras e álcool gel”.
Felipe Renan Fernandes, 22, aluno do curso de Ciência da Computação concorda com a exigência da Universidade em solicitar o passaporte de vacina e afirma: “Por se tratar de um ambiente movimentado, a união da vacina com o uso de máscaras pode diminuir o contágio do vírus. A entrada de pessoas não vacinadas, pode causar riscos para outras pessoas, e também para ela mesmo, já que as chances de desenvolver casos graves são maiores”.
Levi Rabelo, 22, aluno do 7° semestre de Jornalismo da UFCA, militante do movimento Correnteza e Coordenador-Geral do DCE também falou sobre a importância da vacina para alunos e profissionais da Instituição: “A defesa do passaporte, a vacinação é algo que o movimento estudantil tem se organizado para defender. Nós precisamos estar dentro da sala de aula para que a gente possa ter uma qualidade de ensino maior, para que a gente possa, inclusive, está se organizando para defender mais investimentos nas nossas universidades. Nos últimos anos, a gente viu na própria Universidade Federal do Cariri perder metade do seu orçamento discricionário. Isso é muito ruim, então nós precisamos voltar, mas precisamos voltar com a maior segurança possível. E hoje a gente sabe que, em vários Estados há índices altíssimos, mais de 90% das pessoas que estão em estado grave são pessoas que não se vacinaram. Então precisamos estar num ambiente onde a maioria das pessoas tenha se vacinado, porque isso vai garantir que a gente tenha uma proteção muito maior”, afirma o estudante.
Roberta Lima
Written by: Radio
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